Nos anos de 1879, os colonizadores portugueses perceberam a vasta disponibilidade de borracha natural, extraída das seringueiras da Amazônia, como um dos materiais de potencial uso nas indústrias da Coroa.
Assim, com a expansão dos métodos de produção da Segunda Revolução Industrial e o consequente avanço do chamado “Ciclo da Borracha”, o Brasil passou por inúmeras transformações culturais, oriundas do comércio da borracha e das práticas de extração do látex.
Além disso, as mudanças sociais, arquitetônicas e urbanas também foram destaque no final do século XIX e início do século XX. Cidades como Manaus, Porto Velho e Belém passaram por inúmeras modificações estruturais, devido à localização estratégica, em meio ao ciclo da borracha.
Atualmente, o desenvolvimento tecnológico permitiu a fabricação de borrachas sintéticas, sem a necessidade de práticas extrativistas, contribuindo significativamente para o comércio, bem como a confecção de novos materiais.
A borracha, tanto natural quanto a sintética, é uma matéria-prima muito utilizada na indústria, sendo aplicada em diversos produtos, como peças de vedação, utensílios domésticos, artigos pessoais e componentes eletrônicos.
O uso da borracha no meio industrial
A borracha é usada não somente para a fabricação de bens de consumo para uso pessoal, isto é, para utilização dos consumidores, mas sim, para o desenvolvimento de peças que são utilizadas pelo próprio setor industrial.
O material é aplicado em materiais de vedação, bem como em máquinas e equipamentos, como é o caso da correia transportadora. Também chamadas de esteiras transportadoras, essas máquinas atuam na movimentação de cargas, com aplicação em diversos tipos de fábricas.
As esteiras são máquinas muito famosas. Em especial, durante o século XIX, elas foram as responsáveis pela produção em série e na aplicação do método fordista. Com elas, foi possível aumentar significativamente a produtividade, principalmente, nas fábricas de carros.
A correia é desenvolvida com material emborrachado, que oferece grande resistência aos choques mecânicos, além da capacidade de suportar o peso das cargas.
No entanto, é possível encontrar esteiras de PVC, couro, poliuretano, nylon, poliéster e aço. Entre outros pontos positivos da fabricação em borracha, destacam-se:
- Resistência à rotura;
- Aumento da estabilidade;
- Maior flexibilidade;
- Ação contra materiais abrasivos.
Além das esteiras transportadoras, a borracha também é aplicada no lençol de borracha preço diferenciado, um revestimento que pode ser aplicado em inúmeras funções, incluindo acabamento de máquinas, instalação em pisos, paredes e estruturas, entre outros.
Os lençóis de borracha são extremamente flexíveis e podem ser confeccionados com material sintético ou natural, dependendo das especificações.
Ademais, não é possível falar de borracha, sem citar os trabalhos efetuados na borracharia. Afinal, as borrachas são as principais constituintes dos pneus e artigos pneumáticos em carros, motos e demais veículos.
As borracharias são popularmente conhecidas por efetuar reparos nos pneus, rodas, válvulas de ar e outros itens relacionados, de forma rápida e econômica.
Por esse motivo, o Brasil conta com muitas borracharias especializadas e experientes para o atendimento ao cliente.
Borrachas de silicone e a aplicação nas indústrias
Hoje em dia, muito se fala da borracha silicone. Esse material sintético é constituído pela união do grupamento Si-O, a partir da areia de quartzo, que passa por tratamento químico.
Desse modo, o material é submetido a altas temperaturas e processos de transformação, para a obtenção do silício metálico e, posteriormente, do silicone.
Além de ter as mesmas vantagens da borracha natural, como resistência, durabilidade e elasticidade, o silicone é ótimo para compor materiais de vedação, já que pode ser exposto à grandes variações de temperatura e pressão.
Por esse motivo, é comum que as indústrias procurem por um bom fabricante de borracha de silicone, para adquirir peças de alta qualidade e com excelente desempenho.
A borracha de silicone também é conhecida pelo seu baixo poder de deformação e alta resistência. Fora a aplicação em componentes de vedação, o silicone é empregado em indústrias alimentícias e farmacêuticas, por ser inodoro, atóxico e antiaderente.
No setor eletroeletrônico, o material é visto como isolante de fios elétricos, bem como em revestimento de peças e estruturas de alta voltagem.
Na indústria automobilística, o silicone é amplamente empregado em áreas quentes: caixa do motor, juntas, anéis de vedação, sistema de refrigeração e gaxetas.
Ou seja, o uso do silicone é extremamente amplo, sendo uma alternativa viável para indústrias que precisam desenvolver itens resistentes, duráveis e de qualidade.