Sábio além do seu tempo, Michael Faraday colocou no papel praticamente tudo que a tecnologia de eletricidade iria viabilizar daí para a frente, o que inclui motores, geradores e transformadores.

Funcionam somente em tensão alternada, ou em situações de defasagem, o que significa que tensões e correntes contínuas não geram resultados estáveis em transformadores. Assim, nasceram alguns tipos de transformadores cujas aplicações se resumem a:

  • Transformadores de corrente;

  • Transformadores de potencial;

  • Transformadores de distribuição;

  • Transformadores de potência.

A necessidade dos transformadores se tornou premente logo que se iniciou a distribuição pública de energia elétrica. Cedo, os administradores das empresas fornecedoras de energia elétrica descobriram que uma coisa era suprir energia nas proximidades do gerador.

Outra, bem diferente, era distribuí-la a centenas de quilômetros de distância, onde a resistência da linha de transmissão se somava à multiplicidade de áreas consumidoras, o que resultava por entregar uma fração da tensão nominal.

Em pouco tempo, descobriu-se a alternativa de se elevar a tensão para fins de transmissão, o que baixa a corrente na linha de transmissão, e, consequentemente, as perdas devido a quedas na rede.

Tanto essa solução é efetiva, que atualmente redes de distribuição, que deslocam a energia a milhares de quilômetros, chegam a operar em potenciais de centenas de milhares de volts.

Com o aperfeiçoamento dos materiais isolantes, o Transformador tipo seco virou padrão, com desempenho na faixa de 99% de eficiência.

Durante décadas, as redes de distribuição vem se limitando a frequências de 50 ou 60 Hz. Estes padrões são ainda vigentes, e nada indica que venham a mudar em curto prazo, embora já existam linhas de transmissão operantes em tensão contínua.

Nas frequências mencionadas, os transformadores mais usados são volumosos, dotados de núcleos de Ferro silicoso. Um dos padrões de instalação é o Transformador 300 kva, capaz de alimentar grandes áreas de consumo de energia.

À medida que as tensões de transmissão passaram a ser muito elevadas, a medição de tensões e de correntes, além de expor os operadores a riscos de choques, demandaria medidores absolutamente fora do comum: é absolutamente inusitado um voltímetro compatível com 3200V, o que dizer de 13800V.

Medição em altas tensões

É obtida via transformadores de potencial. Além de promover a isolação galvânica em relação ao enrolamento primário, coloca o potencial ao alcance de medidores comuns.

Vale o mesmo para transformador de corrente. Essas leituras possibilitam manobras de correção nas redes, pois as tensões nas redes variam conforme horários.

Afora os de medição, os transformadores são, geralmente, de conversão de potência, possibilitando retirar energia da rede e adequá-la para uso de equipamentos, seja amplificador de áudio, carregador para aparelho portátil, forno de microondas, computador, etc.

Tratamento térmico

Consiste em sequências de aplicações de temperaturas, em metais ou isolantes, visando obtenção de uniformidade estrutural e acabamento superficial, assegurando qualidade, estabilidade estrutural, e outras qualidades essenciais em ferramentas e componentes estruturais.

São operações como têmpera, recozimento, revenimento, feitos por Empresas de tratamento termico, que dispõem de equipamentos que integram transformadores específicos e outras fontes de calor e energia, para cada propósito.

Solda elétrica

As soldas elétricas são viabilizadas por transformadores com secundários de tensão baixa, beirando até 40V, e com capacidade de suprir correntes da ordem de 500A. Viabiliza soldagem dos tipos:

  • MIG;

  • MAG;

  • TIG;

  • SMAW.

O que exige prática em Como soldar com eletrodo. Na alternativa MIG o cordão de solda permanece envolto em gás inerte, o que protege o poço de solda contra oxidação acelerada, enquanto o resultado permanecer rubro. Já a alternativa MAG envolve o ponto de solda com gás inflamável, que participa ativamente da transferência de energia.

A solda TIG se caracteriza por um eletrodo de Titânio, não consumível, havendo a alternativa de se acrescentar metal à poça de soldagem que se forma, tudo envolto em gás inerte, evitando oxidação enquanto o ponto soldado se mantiver quente.

A alternativa SMAW é a sigla para a Solda eletrodo revestido: neste tipo de soldagem, a grande questão é justamente o revestimento, que se volatiliza com o calor gerado pela corrente no ponto de contato; a volatilização produz uma atmosfera protetora, constantemente, renovada ao redor do ponto em processo de fusão e soldagem, isolando-o da atmosfera, principalmente do Oxigênio, comburente e reagente da oxidação.

Se em 2010 o planeta comportava uma frota estimada em 1 bilhão de veículos movidos por motores à explosão, e se grossa parte dessa frota já está migrando para propulsão elétrica, isso para citar apenas um dos aspectos da vida moderna, o transporte, é possível imaginar quanto o consumo de energia expandirá o mercado de aplicação de transformadores.