O avanço da tecnologia usada em equipamentos industriais tem feito com que a segurança do trabalho de seus operadores melhore substancialmente.

Atualmente, há diversos mecanismos embutidos nestas máquinas que evitam acidentes, bem como as tornam mais eficientes.

Isso, porém, não significa que as empresas possam simplesmente deixar as medidas de segurança de lado, pois é preciso realizar procedimentos e manutenções específicas para reduzir os riscos de incidentes no local de trabalho.

Quer aprender mais a respeito disso? Nesse post, você confere algumas informações a respeito da manutenção de caldeiras a vapor, sua importância e algumas dicas para realizá-la.

O que é uma caldeira?

Apesar de ainda serem extensivamente usadas na indústria, as caldeiras são equipamentos antigos. Registros históricos revelam que elas são empregadas em fábricas desde o século XVIII.

Por mais que a tecnologia do segmento tenha aumentado consideravelmente ao longo do tempo, sua função permanece a mesma: armazenar vapor sob pressão. Este material, por sua vez, costuma ser usado como fonte de energia em outros equipamentos.

É justamente esta característica que torna as medidas de segurança da caldeira a vapor tão importantes. Ela reúne um fluido que não apenas está em alta temperatura, como também permanece sob alta pressão ou, pelo menos, a um índice superior à atmosférica.

Assim, qualquer incidente pode ter consequências sérias, como:  queimaduras, incêndios e explosões.

Como usá-la de forma segura?

A boa notícia é que operar uma caldeira de forma segura, sem colocar a integridade da equipe em risco, é muito mais simples do que muitas pessoas imaginam.

Confira algumas dicas para isso a seguir:

Siga a NR-13

A segurança no manejo de caldeiras é tão importante que há um documento legal que versa exclusivamente sobre o seu uso.

A Norma Reguladora 13 (ou NR 13, como é mais conhecida). Trata-se de um conjunto de normas previstas pelo poder público para o uso deste equipamento, tais como:

  • Realização de testes de estanqueidade;

  • Inspeções periódicas nas válvulas de segurança;

  • Vistoria dos vasos de pressão;

  • Monitoramento da pressão em seu interior.

Vale ressaltar que este rol é exemplificativo, ou seja, há muitas outras obrigações que devem ser cumpridas no cotidiano de manutenção.

Da mesma maneira, é preciso ter em mente que nenhuma recomendação é fixada sem critério. Elas possuem dois objetivos: o primeiro é permitir que defeitos sejam detectados antes que ocorra a parada operacional da máquina.

O segundo é manter todos os indicadores da caldeira conforme as instruções do fabricante. Por exemplo: todo modelo tem uma pressão interna máxima, fixada pela marca que a produz. Quando ela é ultrapassada,  existe o risco de explosão.

Observe os procedimentos de manutenção

Entretanto, apenas vistorias os componentes da caldeira, sem seguir critério ou processo nenhum, tampouco vale a pena. É preciso seguir o passo a passo estabelecido na NR 13. Por exemplo: ao realizar a vistoria das válvulas flangeadas, elas devem ser desmontadas.

Do contrário, o profissional responsável pelo procedimento não será capaz de identificar defeitos antes que eles se traduzam em problemas mais graves.

Mantenha seus documentos conservados

Toda e qualquer caldeira vem com dois documentos muito importantes de fábrica: o manual de instruções e um prontuário.

Enquanto este contém dados importantes para as suas operações (como a pressão máxima, a categoria e código de projeto do aparato), o outro contém informações para instruir os operadores a respeito de como manejá-la.

Além disso, após as vistorias, emite-se um laudo de inspeção de caldeiras. Trata-se de outro documento, cuja função é atestar as condições de funcionamento do equipamento. Assim, sabe-se se ele está ou não apto a funcionar normalmente.

Conte com profissionais qualificados

Nota-se que a manutenção de equipamentos industriais em geral – não só da caldeira – exigem a realização de procedimentos que nem sempre são simples, bem como ferramenta específicas para a função.

Quando a ação é feita no improviso, é natural que seu resultado seja ruim, ou seja, que ela deixe de notar algum defeito aparente na máquina.

Por conta disso, especialistas recomendam fortemente que todos estes procedimentos fiquem a cargo de profissionais de inspeção industrial.

Como eles são treinados para tal, as chances de que o procedimento seja feito com algum tipo de erro cai consideravelmente. Quando for necessário, um engenheiro deve assinar o auto de responsabilidade técnica (ART).