Quando alguém opta por ser empresário(a), uma idéia não deve sair da mente: até o momento em que algum cliente satisfeito, lhe fizer um depósito quitando uma venda ou atividades.

Feita, de preferência com boa margem de lucro, o relógio será o pior dos inimigos. Por dois motivos:

O empresário abriu mão de qualquer relação empregatícia ou autônoma, que poderia nesse tempo lhe gerar ganhos, e,

Os custos continuam incidindo: na empresa, aluguéis, impostos, energia, telefone, material para funcionamento, combustível, só citando os genéricos. E, no lar, luz, gás, impostos, vestuário e, principalmente, alimentação.

Esta é a realidade, seja na Nigéria, seja na Dinamarca. Quando da opção por empresa, o empresário já deve ter um nicho de mercado em vista.

No caso de indústria, a opção pode se dever a excesso de demanda, margem para concorrer em preço ou possuir produto inédito no mercado.

De qualquer modo, a operação deve ser extremamente cautelosa, sob risco de se investir no recurso certo na hora errada.
ERP
Sigla em inglês para Planejamento de Recursos Empresariais, o termo propõe a adoção de um Sistema de Gerenciamento Industrial. O método consiste de escolher um dentre os muitos oferecidos no mercado.

Evidentemente, o empresário já deve ter idéia do porte de seu mercado, de quanto de cada produto consegue vender a curto e a médio prazo.

E dos portes de sua área produtiva e de sua equipe de vendas. Tão logo, a decisão por produzir é tomada, tornam-se essenciais o setor de suprimentos e os almoxarifados de matérias-primas e de produto acabado.

Nesta altura, o Sistema de Gestão Industrial será capaz de gerir a operação de suprimentos. Caso o produto seja passível de manutenção, o empresário precisará dimensionar seu setor de assistência técnica.

E, se os itens produtivos incluírem equipamentos e máquinas, um setor de manutenção industrial pode vir a ser necessário.

Um dos assuntos que o sistema gestor pode programar, é a administração financeira: datas ideais para aplicação, datas para disponibilização de verbas para folha de pagamentos, quitação de credores, aquisição de insumos e capital de giro.

Manutenção industrial

Após séculos correndo atrás de manutenção corretiva, empresários descobriram que:

Os defeitos ocorrem em horas impróprias, com a produção rodando e, muitas vezes, já com entrega comprometida;

A duração do período entre a parada por dano e o retorno à operação normal, era uma variável imprevisível;

Os defeitos, muitas vezes, se concentram em dispositivos mais sujeitos a desgaste.

Uma das abordagens para evitar esse tipo de inconveniente, ganhou o nome de Manutenção Preventiva, como parte de um Sistema de Gerenciamento de Manutenção.

Consiste de listar os pontos fracos do sistema, os que frequentemente dão defeito, e, usando os períodos de inatividade, desmontar o candidato a se tornar defeituoso.

Além de avaliar o que está necessitando de manutenção, trocar o essencial e repor em funcionamento. Às vezes, este procedimento pode impactar na aquisição de equipamentos adicionais.

Garantindo a disponibilidade durante os ciclos de “preventiva” e viabilizando o rodízio dos equipamentos. Com a adoção da Termografia Industrial, uma nova filosofia de manutenção nasceu: a da Manutenção Preditiva.

Consiste do paradigma de que, antes de se manifestar um defeito, o componente ou conjunto sinaliza que “algo não vai bem”.

Muitas vezes, os sintomas se manifestam na forma de calor, seja porque um rolete de rolamento se deformou e está provocando atrito excessivo no conjunto.

Seja um contato elétrico que se oxidou ou carbonizou e está com resistência aumentada, e dissipando calor indevido, etc.

Basicamente, tudo o que funciona num ambiente industrial, inclusive tomadas e cabos, é passível de análise térmica, com possibilidade de detecção precoce de problemas.

Galpões industriais

Numa época de crise e de desemprego, um dos resultados é a desindustrialização, sendo que as indústrias remanescentes, buscam se mover para regiões que ofereçam incentivos fiscais e onde o custo operacional seja menor.

O resultado são quarteirões imensos, habitados por galpões… vazios. Sobra a questão: Vale a pena investir na reforma de galpões? O que pode ser feito dos mesmos?

Na verdade, a imaginação é o limite: há o exemplo de um galpão que se tornou barzinho temático, considerando o estilo diferenciado da construção, em tijolo aparente.

Vários são os casos de galpões que abrigam salões de festas. Mas existe também o prognóstico da evolução do comércio eletrônico de mercadorias, em trânsito para as regiões residenciais da capital paulista.

Geralmente, instalados em locais urbanizados, com infraestrutura de energia, água, gás e esgotos, os referidos galpões provavelmente possuem recursos de docagem de coleta e entrega, e ser facilmente adaptáveis para a finalidade de estocagem.

Uma vez definida a finalidade, a reforma de galpão industrial promete oferecer alternativas interessantes para quem investe e para quem irá populá-lo. Gerir uma empresa foi e sempre será um desafio.

Quando o ramo de atividade está definido como indústria, é um percurso sempre sujeito a sobressaltos. Mesmo a decisão de migrar, da indústria para o comércio, exige visão e mesmo coragem. É essencial algum espírito de aventura.