Diferente do que se pode imaginar a priori, numa indústria existe sempre uma logística, definida pelo tipo de produto, pelo porte da empresa, produtividade e volume demandado de seus clientes.
Dito isto, o primeiro conceito que vem à mente é a necessidade de circulação, na indústria, da(s) matéria(s) prima(s) e do(s) produto(s) acabado(s).
Nos dois casos, supõe-se a existência de almoxarifado, que pode armazenar ambos em um local único ou locais separados, caso a logística dos dois for absolutamente incompatível.
Logística interna à indústria
A menos que o fluxo de materiais seja automatizado já a partir do almoxarifado de matérias primas, fica caracterizada a necessidade de um carrinho de carga dobrável para o transporte até à linha de produção, e eventualmente o mesmo carrinho (ou um similar de maior porte) entre a produção e o almoxarifado de saída.
Mas, não é somente de produção que subsiste uma indústria: serviços internos são essenciais para que o produto seja adquirido, depois seja encomendado internamente.
Até aí, o pessoal de vendas precisa preencher formulário de pedido; dependendo da organização, o pedido segue para ser encaixado (planejado) na agenda da produção, o que pode exigir novo controle.
O produto encomendado depende de uma lista, que segue para o almoxarifado, para separação de itens essenciais para a produção.
Evidentemente, esse parece um esquema à moda antiga: uma empresa dotada de rede informatizada pode tramitar essas informações eletronicamente, sem necessidade de trânsito de papéis entre departamentos.
Somente o pedido assinado em papel pode chegar a ser exigido, mas, até esta etapa pode ser compartilhada via e-mail.
Outros serviços internos ainda são executados do modo tradicional há décadas: a alimentação dos funcionários praticamente não mudou, as empresas continuam adquirindo e estocando gêneros alimentícios.
Do mesmo modo, também o serviços de limpeza e a tramitação de lixo industrial exigem estocagem de insumos e remoção dos rejeitos.
Entra em cena a logística da empresa, sempre apoiada no carrinho de carga dobrável alumínio (ou similar): insumos chegam na recepção, rejeitos seguem para expedição.
Elevador de canecas
O elevador de canecas é um processo engenhoso para abastecer armazéns de granéis e produtos amorfos.
Possibilita carregar alto silos de grãos ou pulverizados, ou mesmo caminhões com caçambas e máquinas ensacadoras/embaladoras.
As canecas podem assumir diversos portes, o que passa a demandar diferentes estruturas, mudando inclusive a motorização, eventualmente os estágios de engate e transmissão. Assim, um elevador de canecas projeto pode processar:
- Açúcar, farinha, café moído
- Café em grão, Trigo, Cevada, Milho, etc..
- Areia para uso em construção, brita, cimento, argamassa
- Alguns produtos químicos pulverizados;
- Adubo químico e fertilizantes pulverizados;
- Plástico em grão para uso em injetoras ou extrusoras.
Evidentemente, é essencial estudar a logística do produto com o auxílio do fabricante do equipamento, que apontará as alternativas de porte das canecas, a localização adequada e a mobilidade, o porte da instalação elétrica necessária.
Diversas empresas dominam o know-how da logística de granéis via Elevadores de Canecas, e convém ser consultadas.
Ponte rolante
As pontes rolantes geralmente se tornam economicamente viáveis quando a indústria processa equipamentos fabricados em pequena escala, grande porte, geralmente sob encomenda.
Assim uma ponte rolante se viabiliza caso permita cumprir diversas etapas de logística interna usando a mesma estrutura, operando no local, usando capacidade semelhante de levantamento e deslocamento.
Outro modo de justificar economicamente uma ponte rolante consiste de processar componentes de relativo porte numa operação contínua.
É o caso de chassis veículos ou motores a explosão, justamente no trajeto da prateleira (ou esteira rolante) para montagem sobre o chassi ou carroceria.
Uma ponte rolante como funciona, basicamente consiste de quatro colunas firmemente apoiadas no solo, distribuídas nos vértices de um retângulo.
Fixas sobre cada par de colunas, são apoiadas duas vigas, uma das quais recebe o nome de viga testeira.
Essas vigas passam a servir de trilhos, sobre os quais se apóia transversalmente (na horizontal) outro par de vigas (denominadas pontes), dotadas de sistema de movimentação.
As pontes, apoiadas próximo uma da outra, passam a servir de trilho para um dispositivo denominado carro, que pode se mover apoiado sobre as pontes.
O carro transporta simultaneamente o sistema próprio de translação e mais o sistema de levantamento, que controla a altura do bloco do gancho.
Deste modo, o gancho dispõe de mobilidade em dois eixos horizontais e no eixo vertical.